terça-feira, 12 de setembro de 2006

INNSBRUCK – MILAO - CANNES


Na noite anterior quando chegamos ao parque, já era noite e não conseguimos ver bem o ambiente que nos envolvia, mas de manhã quando acordamos foi um choque, estávamos no meio de duas montanhas altíssimas com um aspecto cinza esbranquiçado de uma grande imponência. Abrir o fecho da tenda foi uma grande e boa surpresa.



Como acordamos cedo, ainda tudo dormia e nem a recepção ainda tinha aberto, como andávamos em maré de poupança de despesas, decidimos não esperar pela abertura da recepção evitando assim pagarmos o parque.

Arrancamos com o objectivo Lago Commo, tinham-nos falado que era grandioso e assim arrancamos tendo como destino Itália.




Cruzamos território Alemão, mas nem sequer chegamos a parar, na estrada havia a indicação que estávamos a entrar em território Alemão, mas assim como entramos saímos sem parar, pouco depois a fronteira com a Suíça e aí foi pior, o policia fronteiriço olhou para o interior do carro, que naquela altura diga-se, a parte de traz era um amontoado de tudo :o) perguntou-nos de onde vínhamos e para onde íamos, de seguida pediu-nos o bilhete de identidade e como o do Jorge estava um bocado estragado foi verificar a sua autenticidade.

Mas tudo correu bem, lá andamos também nos Alpes Suíços



e pouco quilómetros a frente voltamos a sair para entrar em definitivamente em Itália.

Por entre montanhas lá começamos a ver o Lago de Como (em italiano Lago di Como) é um lago de origem glacial na Lombardia, Itália. Com uma área de 146 km², é o terceiro maior lago da Itália, depois do Lago de Garda e do Lago Maggiore. Com uma profundidade máxima de 410 metros é um dos mais profundos lagos da Europa. fomos descendo sempre por entre vales montanhosos primeiro dos Alpes Austríacos e mais tarde já em território Italiano.

O lago é bonito, assim como as pequenas aldeias que se estendem ao longo das suas margens, gente pitoresca que vive na paz da tranquilidade.


Passado o lago continuamos em direcção a Milão, a constipação estava cada vez pior e já estava a ser um pouco angustiante pela febre. Chegados a Milão dirigimo-nos para uma zona central onde escolhemos uma esplanada para de uma forma descontraída bebermos um café e descansarmos um pouco.

Em Milão antes de um cafezinho

Inicialmente tínhamos pensado ficar aquela noite num parque de campismo em Milão mas começamos a ver que mais três horas estaríamos em Cannes, onde tínhamos o conforto da casa do João com uma cama e um tecto para dormir.

E assim decidimos, ligamos ao João a dizer que estávamos perto, é incrível como depois de se fazer 4000 quilómetros, 300 quilómetros parecem tão perto, quando em Portugal quando queremos ir ao Porto dizemos que temos de fazer uma viagem grande...

Três horas depois estávamos a chegar a Cannes, onde petiscamos qualquer coisa e eu fui-me deitar que a gripe não me deixava e estava a precisar de descanso.
No dia seguinte acordamos já a meio da tarde, fomos dar uma volta por Cannes e ao inicio da noite fomos jantar, num restaurante no centro da cidade.

No manhã seguinte o João foi trabalhar e nós demos inicio ao ultimo percurso da viagem, tendo como destino Lisboa.


domingo, 10 de setembro de 2006

VIENA - INNSBRUCK

Acordamos de manhã com tudo regado em nosso redor, mas como era verão rapidamente o piso secou. Tomamos o nosso banho matinal e fomos novamente conhecer um pouco mais de Viena.



Viena é a capital da Áustria e centro cultural e político da Áustria. É também um dos nove Estados Austríacos, com 1.550.123 habitantes, era em 2001 o mais populoso deles, ainda que os seus 414 km² façam dele o menor. Viena está cercada pelo Estado da Baixa Áustria. A sua aglomeração urbana tem 2.04 milhões de habitantes.



Antes de partirmos fomos ver as noticias de Portugal

Após almoçarmos e conhecermos um pouco mais da cidade, partimos para aquela que se viria a revelar a viagem com a paisagem mais bonita de toda a viagem pois percorremos horizontalmente toda a Áustria, serpenteando por entre vales e cumes da cadeia montanhosa dos Alpes Austríacos, tendo como destino Innsbruck, capital do estado do Tirol.



Os Alpes são imponentes, para alem dos pontos altíssimos que naturalmente existem nos Alpes, outras coisas também impressionam, o verde dos seus vales é único, o campo de visão pela não existência de poluição também impressiona, o azul da agua dos inúmeros riachos que deslizam por entre encostas assemelham-se ao azul cristalino dos seus céus.


Por esta altura comecei a ficar constipado, não podia deixar de faltar eu ficar constipado durante uma viagem.

Innsbruck é atravessada pelo Rio Inn, de onde vem o nome (Innsbruck = Ponte do Rio Inn), e é muito conhecida pelos seus desportos de Inverno.


Assim que chegamos instalamo-nos num parque de campismo próximo, onde montamos a tenda e fomos comer. Comemos comida típica, uma enormes “hot dogs”, que estavam deliciosos. A constipação estava a ficar pior e decidimos ir procurar uma farmácia, assim fizemos e o farmacêutico lá me receitou uns medicamentes, pelo meio ainda uma conversa em que ficou espantado por ter-mos viajado de carro de Portugal até ali.

Depois disto demos uma pequena volta pela cidade, e pouco depois fomos dormir.

A noite foi muito complicada para mim, a temperatura baixou muito, afinal estávamos nos Alpes, a tenda ficou inclinada, o que dava mau dormir e piorei muito da constipação, a noite foi mesmo um sacrifício.




sábado, 9 de setembro de 2006

BRATISLAVA - VIENA

Chegamos a Bratislava de manhã, vindos “fugidos” de Budapeste, pelo meio ainda paramos para dormir um pouco que estávamos muito cansados.


Ao entrarmos na cidade atravessamos a ponte com algumas semelhanças com a nossa Vasco da Gama sobre o rio Danúbio, Bratislava é atravessada pelo rio Danúbio, junto à fronteira com a Áustria e a Hungria, ficando a poucos quilómetros da fronteira com a República Checa. É a única capital do mundo que tem fronteira com dois países.


Daí dirigimo-nos ao centro da cidade onde fomos tomar o pequeno almoço e conhecermos a zona histórica. Pela facilidade com que chegamos ao centro histórico percebemos a que a cidade não é muito grande, visto que pouco depois de entrar-mos na cidade já estávamos no seu centro, sendo no entanto a capital e a maior cidade da Eslováquia com cerca de 430 mil habitantes.


Estacionamos o carro num parque subterrâneo, e lá fomos a pé para umas ruas de circulação apenas pedestre, tipo Rua Augusta, com algum comercio de um lado e de outro e com algumas esplanadas pelo meio.


Percorremos as principais ruas da parte histórica da cidade, estivemos na praça central e começamos a achar que não valeria a pena estarmos muito mais tempo na cidade, não estávamos documentados e sinceramente não nos despertou muito interesse, provavelmente ainda afectados com o que se passou na noite anterior e o cansaço também se apoderou de nós, estava planeado não dormirmos na cidade e decidimos antecipar numas horas o nosso descanso em Viena.

Antes de partirmos ainda compramos algumas lembranças e como o dinheiro começava a não abundar, decidimos comer pela primeira vez fast food e almoçamos no Mc Donnalds. Depois de almoçar metemo-nos novamente a estrada, direitos a Áustria mais propriamente Viena de Áustria.


Fizemos uma viagem tranquila, com paisagens montanhosas mas muito bonitas. Chegados a Viena de Áustria demos uma pequena volta pela cidade com o intuito de perguntarmos pelo parque de campismo e uma vez mais o Danúbio ao nosso lado. Uma coisa saltou-nos logo a vista acerca da “cidade dos músicos”, como muitas vezes é mencionada, a cidade é limpa, com bastantes jardins e muito organizada.



Pouco depois, e já ao final da tarde, fomos descansar para o parque de campismo. O parque era um parque florestal que ficava numa encosta montanhosa não muito longe do centro da cidade.
Montamos a tenda e pouco depois adormecemos. Por volta da uma da manhã acordamos com um grande temporal, vento, chuva e trovoada fortíssima que inclusive levantou a tenda de uns nossos companheiros franceses da tenda ao lado, que desistiram de permanecer na tenda já desfeita pelo vento e fugiram para dentro do carro.

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

BUDAPESTE

Acordamos de manhã e fomos visitar a cidade, Budapeste é a capital e a maior cidade da Hungria, sendo a sexta maior da União Europeia. Localiza-se nas margens do Danúbio e tem cerca de 1,7 milhões de habitantes (com cerca de 2,4 milhões na região metropolitana). Budapeste foi fundada em 17 de novembro de 1873 com a fusão das cidades de Buda e Ôbuda, na margem direita do Danúbio, com Peste, na margem esquerda. Fizemos o percurso turístico de autocarro e fomos visitar mais detalhadamente o Castelo de Buda e a Basílica de Santo Estevão.



A meio da tarde, fomos abordados por duas raparigas que de mapa na mão perguntavam-nos onde era a rua x, ao que respondemos que não sabíamos, mas tentamos ajudar, começando a procurar no mapa como elas, e estivemos na conversa cerca de 15 minutos, com as conversas mais banais do mundo entre quatros pessoas de diferentes países, que por acaso naquele momento comungavam o espaço muito próximo no nosso planeta. Mas para grande surpresa nossa, e quando já pensávamos que tínhamos feito ali duas amizades, a conversa seguiu um caminho inesperado, eram duas prostitutas mas que tinham uma abordagem, sem duvida, muito inovadora, ficamos pasmados como não percebemos o que eram.



Ao inicio da noite decidimos ir jantar, depois de vermos algumas opções numa rua que era a “rua” dos restaurantes optamos por um que nos tinha parecido ter uns preços razoáveis. Pedimos comida típica, um Goulash que é um guisado de carne de vaca, a que por vezes se adiciona carne de porco, cortada em cubos e rapidamente alourada em gordura quente, juntando-se-lhe então farinha, cebola e especiarias, sendo depois o conjunto cozido em água, muito bom, experimentem!



Depois do jantar o espirito cigano Húngaro a vir ao de cima, a cara de simpatia do empregado desapareceu, colocando agora um semblante um pouco ameaçador e com a maior lata do mundo tinha arredondado os preços todos para cima, como não éramos de lá enveredou pela pressão psicológica, agora ou pagas ou levas... Mas pagamos, também não era assim nada do outro mundo.




Após o jantar decidimos ir procurar uma disco para irmos beber mais um copo, mas surpresa das surpresas, em Budapeste durante a semana existe pouca noite, demos uma volta a pé pela zona onde tínhamos jantado e pouco depois disseram-nos que num antigo palácio existia uma festa universitária.


Decidimos então ir averiguar como era, pelo caminho ainda nos cruzamos com outro grupo de Portugueses que também andavam um pouco a deriva sem saber muito bem para onde ir. Chegados ao local a festa era mesmo real, era um edifício antigo com alguma historia tendo em conta a sua arquitectura e que, por provavelmente não estar a ser utilizado era agora utilizado pelos estudantes para organizarem as suas festas.
Fomos espreitar por uma janela o ambiente que se vivia lá dentro e ainda estivemos durante algum tempo a porta a ver como as coisas funcionavam, pouco depois entramos. Lá dentro a festa era tipicamente de inicio de ano lectivo após as praxes habituais, enquanto a musica tocava existiam vários pequenos eventos a decorrer, desde imagens de cada um dos caloiros a serem praxados, imagens de outras actividades que devem ter decorrido naqueles dias, etc.

Enquanto isto bebemos uns copos, correu tudo bem mas as pessoas eram de difícil acesso, a maior parte do pessoal conhecia-se da universidade e sentimo-nos um pouco a parte.
Já um pouco cansados decidimos ir andando para o quarto, lá fomos e já na rua onde estávamos passou-se o maior episódio da viagem, decidimos ainda ir beber um copo a um bar de streep.

Assim que entramos estranhamos a amabilidade dos copeiros em tão simpaticamente nos encaminharem para uma zona semi-reservada do bar, mas como ainda pertencia a parte comum do bar ficamos a achar que seria normal.

Pedimos duas cervejas e pouco depois das cervejas, vieram quatro raparigas conversar connosco, começamos a ficar apreensivos mas como a conversa ainda não é cobrada a palavra, ali ficamos na conversa com elas.
Pouco depois quase que em sintonia levantaram-se e começaram a dançar a nossa frente ao que dissemos para pararem pois estávamos ali apenas para bebermos uma cervejinha, nada mais, elas voltaram a insistir veementemente dizendo-nos que era oferta e que era usual, mas estavamo-nos a enfiar num buraco sem fundo, pouco depois vieram os copeiros que serviram bebidas e mesmo com o nosso apelo a que não servissem nada, serviram na mesma.

No final de tudo isto e já sentindo que estávamos metidos numa grande alhada trouxeram-nos a conta, não vou mencionar o valor, mas era muitíssimo, ao que nos recusamos a pagar. Pedimos que chamassem a policia ao que assentiram dizendo que sim, mas passado meia hora entraram foi três gorilas grandes com a cabeça rapada e ao fim de uma hora passaram a cinco, pelo meio ainda lhes dissemos que conhecíamos o Marius, mas não quiseram saber.

Começamos a temer pela nossa saúde e decidimos dizer-lhes que lhes entregaríamos todo o dinheiro que tínhamos em nossa posse, que seria cerca de 35 euros, mas eles toparam-nos os cartões de credito e obrigaram-nos a que eu ficasse lá dentro do bar, enquanto iriam com o Jorge a caixa levantar o dinheiro.
Depois de sairmos daquele antro e sentindo-nos com o orgulho ferido, começamos a ponderar ir a policia fazer queixa, e no preciso momento em que estávamos a falar se iríamos ou não, cruzamo-nos com um carro da policia.


Quase que por instinto a nossa reacção foi espontânea em irmos ter com os policias, chegados lá tentamos explicar o que nos tinha acontecido e eles num mau inglês lá se foram tentando exprimir e entender o que lhes estávamos a explicar. Pouco depois pediram-nos para entrar no carro e lhes indicássemos o local onde aquilo que lhes relatávamos tinha acontecido, assim fizemos, pelo caminho pediram-nos a nossa identificação e chegados ao local sentimos que uma vez mais estávamos a cometer um erro. Eram todos amigos, começaram todos a conversar na língua deles, ainda chegaram dois tipos, que deviam ser os chefes da Mafia da zona num BMW preto que ficaram mais afastados a observarem tudo.

Por fim, os policias pediram-nos de uma forma já agressiva que perante toda aquela gente, copeiros, putas e segurança com ar de mafiosos, voltássemos a explicar e afirmar que tínhamos sido roubados, e perante toda aquela pressão decidimos pedir apenas os nossos bilhetes de identidade e ir-mos embora.
Foi uma situação nova para nós, constrangedora, humilhante e revoltante, o sentimento de não existir segurança é revoltante e sentirmos que essa mesma insegurança é exactamente apoiada pela forças de segurança ainda o torna mais revoltante.


Enfim, muito cuidado com Budapeste, a máfia Russa, sem duvida, que ainda exerce muita influencia naquela zona do globo. Depois de estarmos livres, voltamos para o quarto, mas começamos a pensar que tínhamos falado no Marius e no facto de estarmos hospedados num dos quartos dele, o que facilmente os levaria até nós.

Decidimos então partirmos ainda naquela noite de Budapeste em direcção á Eslováquia, mais propriamente a Bratislava.
Hostel... Bratislava... Será que estávamos a mudar para melhor??? :o)

quarta-feira, 6 de setembro de 2006

ZAGREB - BUDAPESTE

Depois de um café matinal na praça do Rei,




fomos agradavelmente surpreendidos com uma loura croata do posto de Turismo que falava um português fantástico e que nos recomendou as “coisas mais lindas para ver” em Zagreg como ela disse, após a passagem pelo posto turístico encontramos um belo mercado de Flores que ficava por traz da praça do Rei.


Ainda a anteceder a nossa partida para Budapeste fomos visitar a Catedral local e depois arrancamos.



Depois da Catedral ainda demos mais uma volta pela praça central, onde cada pessoa exibia a sua mais brilhane faceta :o)



Vista do nosso quarto em Zagreb.

Ao entrarmos na Hungria somos forçados a utilizar algumas estradas locais, pois a rede de auto-estradas locais ainda não está finalizada. Na primeira localidade que encontramos paramos para meter gasolina, o ambiente era extremamente rural e o parque automóvel transportáva-nos para o tempo do ouro :o)


Depois da dificuldade de dialogo por ninguém falar outra língua senão Húngaro lá conseguimos a gasolina e os mantimentos para seguirmos viagem até Budapeste.


A entrada em Budapeste é deslumbrante, á medida que vamos avançando em direcção ao centro vamos sendo surpreendidos por uma sucessão de edifícios das mais variadas estruturas arquitectónicas cada um mais imponente que o anterior.

Decidimos então começar a procura de alojamento recorrendo ao posto de informações, somos rapidamente confrontados com o facto de que cada posto de informações tem a sua rede de contactos provavelmente com a coisa já negociada.

Depois de regatear um pouco lá conseguimos um pequeno apartamento em plena baixa de Peste por 50 euros noite. Só temos de esperar que chegue o dono da casa para nos levar até lá.
È então que conhecemos o Marius, um Sírio que gere uma loja de câmbios mas arranjava-nos quartos, marijuana, tours pelas pelas “light clubs” e tudo o que fosse preciso. :o)

A entrada da casa é pelas traseiras de um prédio que era um hotel da parte da frente e tinha um alarme que sempre que entravamos disparava e começava a apitar.
A casa era um anexo onde ele ia metendo uns turistas e com a ajuda de uma senhora já de idade que fazia a limpeza ia ganhando uns trocos. Depois de ainda termos tentado negociar o valor da segunda noite lá pagamos o dinheiro da segunda noite, de uma forma discreta que o Marius estava sempre alerta e meio desconfiado que alguém o estivesse a ver!

Depois de alojados fomos beber um copo a uma esplanada e dar uma volta pela avenida principal onde mais um caricato incidente nos aconteceu.
Quando íamos descontraidamente a andar somos abordados por duas raparigas com um mapa na mão a pedirem-nos orientações para como chegar a um restaurante, obviamente não saibamos onde era mas tentamos ajudar pelo mapa que traziam na mão, ali estivemos a tentar perceber pelo mapa onde era e conversa puxa conversa o assunto afastou-se da localização do restaurante e conversa puxa conversa já nos estavam a levar para beber um copo, obviamente era prostitutas, mas com uma sabedoria e uma forma de abordagem que não dá para desconfiar inicialmente, começamos a conversar com elas e inocentemente nem nos apercebemos, só mais tarde, quase que ficando chocados noa apercebemos.
Pouco depois voltamos para casa e fomos dormir.

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

VENEZA – TRIESTE – LJUBLIJANA - ZAGREB


Levantamo-nos de manhã no parque de campismo da Fuzina, o tal que na estrada de acesso eram só prostitutas, e facto estranho, eram praticamente todas de raça negra, leva-nos a pensar acerca das preferências em termos de mulheres dos Italianos.
Quando ouvi o telemóvel do Jorge tocar para acordarmos nem queria acreditar, já eram 8 da manhã, e parecia que nos tínhamos deitado a 1 minuto atrás. Levantamo-nos e fomos a casa de banho, aproveitamos e colocamos os telemóveis a carregar.

Posto isto, recolhemos a tenda, fomos pagar o parque e dirigimo-nos para o centro de Veneza.

Chegados a zona dos estacionamentos, como o parque do dia anterior estava cheio, tivemos de procurar outro e esse outro foi um com características sui generis, pois os carros eram estacionados todos em bloco juntos uns aos outros, quando o carro de traz tinha de sair todos os da frente tinham de ser retirados do parque, e assim foi, deixamos a chave do carro para o tipo poder andar também com o nosso para trás e para a frente á medida das necessidades.



Depois de estacionados fomos tomar o pequeno almoço para uma praça tipicamente Veneziana, onde o chão era em pedra já desgastada pelo tempo e erosão e as paredes que circundavam a praça com cores, também envelhecidas pelo tempo mas mantendo os tons fortes. Comemos duas sandes de presunto e queijo que estavam deliciosas com dois galões.


Posto isto fomos apanhar o barco que no levava pelo grande Canal até a praça de São Marcos. Mais uma vez ficamos impressionadas com a beleza da cidade, se bem que não teve o mesmo impacto que no dia anterior a noite quando chegamos e tivemos o primeiro contacto com a cidade.



E curioso que apesar de durante o dia existir mais luz ficamos com a sensação que existe mais cor durante a noite.



Chegados a praça de São Marcos estivemos a apreciar tudo o que nos envolvia, as pessoas, os comerciantes, os pombos que são aos milhares e toda a envolvencia da praça.



Posto isto voltamos a apanhar o barco para irmos ver a ponte do Realto, onde ouvimos um guia turístico estar a explicar a um grupo de turistas portugueses que 90 % dos turistas faz o percurso de barco entre a ponte do Realto e a praça de São Marcos.



Vista a Ponte do Realdo decidimos ir-nos encaminhando a pé para o local onde tínhamos o carro, passamos por uma zona com muitas lojas onde dei uma vista de olhos aos óculos, mas em vez de uns óculos compramos uns recipientes de fruta para comer no momento compostos por melancia, ananás e papaia.

Uma coisa que nos impressionou foi a logistica em termos de transportes que é totalmente feita por agua.



Posto isto dirigimo-nos ao carro e partimos na direcção de Trieste, cidade já próxima da fronteira com a Eslovénia que ao nos aproximarmos deparamo-nos com uma paisagem lindíssima sobre o mar Adriático, é fabuloso ver o Adriático da zona onde se entra na cidade. Nesta cidade apenas paramos para comer uma pizza e planearmos a viagem até Zagreb.

Já a caminho de Zagreb uma agradável surpresa, a Eslovénia é lindíssima, faz lembrar os Açores, campos muito verdes e montanhosos mas ao mesmo tempo uma floresta muito organizada e limpa. Ficamos espantados por diversas vezes ao longo da viagem termo-nos deparado com veados em liberdade nessas mesmas florestas. As casas têm uma arquitectura que fazem lembrar as casas do norte da Europa com os telhados de xisto e muito verticais. As povoações são raras e quando existem, surgem de uma forma organizada e localizada.


Para concluir, de referir que a Eslovénia é sem dúvida um país a rever, pois ficamos com a sensação que existe muito mais por descobrir em termos de paisagem natural.

Depois das últimas placas eslovenas começamos a ver o posto fronteiriço Croata. Na primeira paragem, finalmente foi preciso o passaporte que estava arrumado em parte incerta na montanha de malas no banco do Panda. Ultrapassada a primeira barreira e já com a máquina fotográfica posta o primeiro flash foi na bandeira croata que esvoaçava entre os dois check points, big mistake. No segundo posto depois de confirmarem que não percebíamos uma sílaba de croata, o guarda lá começou em Inglês “ Did you take pictures of the flag? Stop the car over there”. E nós de imediato dissemos um para ou outro, o que é que aquela placa quer dizer? Explicou-nos o guarda depois, que quer dizer ”É proibido tirar fotografias na fronteira, sob ordem de prisão” , bem, mas depois daquele filme todo, parecia que o guarda apenas quis dar uma espreitadela ao modelo da máquina, apagamos a fotografia da bandeira, ele ainda deu uma vista de olhos as outras fotografias, e depois ajudou-nos a seguir o caminho certo.

A imagem da cortina de ferro foi-nos acompanhando ao longo da estrada no inicio da Croácia, mas ao chegarmos a Zagreb vimos claramente que era uma imagem errada, a cidade é limpa, organizada e moderna, cheia de gente bonita e jovem, já com as principais marcas comerciais multinacionais ( A entrada da cidade existe uma rua que é composta de um lado e de outro por enumeras destas empresas ).

Depois da primeira volta de reconhecimento procuramos um sitio para dormir, os hotéis são caros e o parque de campismo era numa outra cidade satélite. Acabamos por ficar na Buzz Back Pachas, uma espécie de pousada da juventude gerida por um Japonês. O hostel tinha boas condições, mesmo no centro da cidade e pagamos 10 Euros por pessoa. Estivemos um pouco a conversa com o Japonês e pouco depois fomos para a cozinha petiscar o que tínhamos comprado ainda antes de sairmos de Itália, umas baguetes, queijo, chouriço, cerveja e um género de pickles sugeridos pelo Jorge baseado na experiência que tinha de quando esteve na Bélgica, eram deliciosos de facto!

Posto isto fomos dar uma volta a uma rua que ficava próxima do hostel e era a zona dos bares, apesar de haver pouca gente nas ruas a sensação é de se estar em segurança. À medida que fomos avançando já na rua central, depois de termos passado as primeiras ruas demos com uma pequena rua muito acolhedora onde não existiam carros e onde existiam pequenos bares e cafés de ambos os lados da rua, decidimos ir beber uma cerveja e ali ficamos à conversa durante algum tempo. Pouco depois voltamos para o nosso hostel onde ainda estivemos à conversa com outro japonês que também lá estava hospedado e já tinha estado em Lisboa, pouco depois fomos dormir.