segunda-feira, 4 de setembro de 2006

VENEZA – TRIESTE – LJUBLIJANA - ZAGREB


Levantamo-nos de manhã no parque de campismo da Fuzina, o tal que na estrada de acesso eram só prostitutas, e facto estranho, eram praticamente todas de raça negra, leva-nos a pensar acerca das preferências em termos de mulheres dos Italianos.
Quando ouvi o telemóvel do Jorge tocar para acordarmos nem queria acreditar, já eram 8 da manhã, e parecia que nos tínhamos deitado a 1 minuto atrás. Levantamo-nos e fomos a casa de banho, aproveitamos e colocamos os telemóveis a carregar.

Posto isto, recolhemos a tenda, fomos pagar o parque e dirigimo-nos para o centro de Veneza.

Chegados a zona dos estacionamentos, como o parque do dia anterior estava cheio, tivemos de procurar outro e esse outro foi um com características sui generis, pois os carros eram estacionados todos em bloco juntos uns aos outros, quando o carro de traz tinha de sair todos os da frente tinham de ser retirados do parque, e assim foi, deixamos a chave do carro para o tipo poder andar também com o nosso para trás e para a frente á medida das necessidades.



Depois de estacionados fomos tomar o pequeno almoço para uma praça tipicamente Veneziana, onde o chão era em pedra já desgastada pelo tempo e erosão e as paredes que circundavam a praça com cores, também envelhecidas pelo tempo mas mantendo os tons fortes. Comemos duas sandes de presunto e queijo que estavam deliciosas com dois galões.


Posto isto fomos apanhar o barco que no levava pelo grande Canal até a praça de São Marcos. Mais uma vez ficamos impressionadas com a beleza da cidade, se bem que não teve o mesmo impacto que no dia anterior a noite quando chegamos e tivemos o primeiro contacto com a cidade.



E curioso que apesar de durante o dia existir mais luz ficamos com a sensação que existe mais cor durante a noite.



Chegados a praça de São Marcos estivemos a apreciar tudo o que nos envolvia, as pessoas, os comerciantes, os pombos que são aos milhares e toda a envolvencia da praça.



Posto isto voltamos a apanhar o barco para irmos ver a ponte do Realto, onde ouvimos um guia turístico estar a explicar a um grupo de turistas portugueses que 90 % dos turistas faz o percurso de barco entre a ponte do Realto e a praça de São Marcos.



Vista a Ponte do Realdo decidimos ir-nos encaminhando a pé para o local onde tínhamos o carro, passamos por uma zona com muitas lojas onde dei uma vista de olhos aos óculos, mas em vez de uns óculos compramos uns recipientes de fruta para comer no momento compostos por melancia, ananás e papaia.

Uma coisa que nos impressionou foi a logistica em termos de transportes que é totalmente feita por agua.



Posto isto dirigimo-nos ao carro e partimos na direcção de Trieste, cidade já próxima da fronteira com a Eslovénia que ao nos aproximarmos deparamo-nos com uma paisagem lindíssima sobre o mar Adriático, é fabuloso ver o Adriático da zona onde se entra na cidade. Nesta cidade apenas paramos para comer uma pizza e planearmos a viagem até Zagreb.

Já a caminho de Zagreb uma agradável surpresa, a Eslovénia é lindíssima, faz lembrar os Açores, campos muito verdes e montanhosos mas ao mesmo tempo uma floresta muito organizada e limpa. Ficamos espantados por diversas vezes ao longo da viagem termo-nos deparado com veados em liberdade nessas mesmas florestas. As casas têm uma arquitectura que fazem lembrar as casas do norte da Europa com os telhados de xisto e muito verticais. As povoações são raras e quando existem, surgem de uma forma organizada e localizada.


Para concluir, de referir que a Eslovénia é sem dúvida um país a rever, pois ficamos com a sensação que existe muito mais por descobrir em termos de paisagem natural.

Depois das últimas placas eslovenas começamos a ver o posto fronteiriço Croata. Na primeira paragem, finalmente foi preciso o passaporte que estava arrumado em parte incerta na montanha de malas no banco do Panda. Ultrapassada a primeira barreira e já com a máquina fotográfica posta o primeiro flash foi na bandeira croata que esvoaçava entre os dois check points, big mistake. No segundo posto depois de confirmarem que não percebíamos uma sílaba de croata, o guarda lá começou em Inglês “ Did you take pictures of the flag? Stop the car over there”. E nós de imediato dissemos um para ou outro, o que é que aquela placa quer dizer? Explicou-nos o guarda depois, que quer dizer ”É proibido tirar fotografias na fronteira, sob ordem de prisão” , bem, mas depois daquele filme todo, parecia que o guarda apenas quis dar uma espreitadela ao modelo da máquina, apagamos a fotografia da bandeira, ele ainda deu uma vista de olhos as outras fotografias, e depois ajudou-nos a seguir o caminho certo.

A imagem da cortina de ferro foi-nos acompanhando ao longo da estrada no inicio da Croácia, mas ao chegarmos a Zagreb vimos claramente que era uma imagem errada, a cidade é limpa, organizada e moderna, cheia de gente bonita e jovem, já com as principais marcas comerciais multinacionais ( A entrada da cidade existe uma rua que é composta de um lado e de outro por enumeras destas empresas ).

Depois da primeira volta de reconhecimento procuramos um sitio para dormir, os hotéis são caros e o parque de campismo era numa outra cidade satélite. Acabamos por ficar na Buzz Back Pachas, uma espécie de pousada da juventude gerida por um Japonês. O hostel tinha boas condições, mesmo no centro da cidade e pagamos 10 Euros por pessoa. Estivemos um pouco a conversa com o Japonês e pouco depois fomos para a cozinha petiscar o que tínhamos comprado ainda antes de sairmos de Itália, umas baguetes, queijo, chouriço, cerveja e um género de pickles sugeridos pelo Jorge baseado na experiência que tinha de quando esteve na Bélgica, eram deliciosos de facto!

Posto isto fomos dar uma volta a uma rua que ficava próxima do hostel e era a zona dos bares, apesar de haver pouca gente nas ruas a sensação é de se estar em segurança. À medida que fomos avançando já na rua central, depois de termos passado as primeiras ruas demos com uma pequena rua muito acolhedora onde não existiam carros e onde existiam pequenos bares e cafés de ambos os lados da rua, decidimos ir beber uma cerveja e ali ficamos à conversa durante algum tempo. Pouco depois voltamos para o nosso hostel onde ainda estivemos à conversa com outro japonês que também lá estava hospedado e já tinha estado em Lisboa, pouco depois fomos dormir.

1 comentário:

Ljiljana disse...

olá!
Muitos parabéns pelo fantástico blog que aqui tem!
De notar as excelentes fotos, muito artísticas e com excelentes ângulos.
Veneza-Trieste-Ljubljana-Zagreb também é um trajecto que quero seguir mais uns colegas meus.